sábado, 22 de dezembro de 2007

Pense Nisso

Pense nisso

Tenho muitas coisas na cabeça, fico pensando sem parar,
Em tudo o que acontece, a minha vida vive a mudar,
Existem muitas diferenças, em nossa sociedade,
Mas nada em nossa trilha,
Nos impede de sorrir de verdade,
Tudo o que vivemos, tudo o que passamos,
Agora sim vale a pena para que reflitamos,
.
Refrão
Pense em tudo isso, pense um pouco mais,
Eu vejo um bom futuro, o passado ficou para traz.

Muitos amores se foram, novos irão começar,
O tempo é uma vitrine, onde nós podemos olhar,
Tantas coisas eu penso, que eu não sei mais o que pensar,
Existem muitas coisas bonitas só falta parar para olhar,
.
Refrão
Pense em tudo isso, pense um pouco mais,
Eu vejo um bom futuro, o passado ficou para traz.

Escrevendo sem parar, coisas sem importância,
Quem disse que eu não posso falar,
Somos donos da ignorância,
Vivemos para contar vantagens, em cima das outras pessoas,
E mesmo errando sempre, usamos uma coroa,
O amor é muito bonito, o respeito é muito legal,
Mas mesmo assim o racismo, vive no nosso quintal,
Devemos tolerar um ao outro, devemos perdoar,
Pois mesmo com muito amor é difícil respeitar.
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Refrão
Pense em tudo isso, pense um pouco mais,
Eu vejo um bom futuro, o passado ficou para traz.

(Compositor: Michel F.M.)

sábado, 15 de dezembro de 2007

Que o que é certo seja dito ! (versão poesia)

QUE O QUE É CERTO SEJA DITO
(versão poesia)

Mostre ! porque leva nas costas,
o peso dos outros ?
Prostre ! que tal a sensação das derrotas,
ajoelhado depois dos encontros ?

É ! compartilhar é perder e perder,
pra só então perceber que ganhou o respeito,
Porque aprendeu a ceder.
Mas o efeito nem sempre é aceito.

Difícil é ter que aturar,
pessoas que pensam deter a verdade.
O Imbecil não percebe,
que pra se expressar não existe idade.

E assumimos !

Nem sempre fazemos bonito,
E tocamos o barco mesmo assim.
Que o que é certo seja dito,
Se guardar as angústias isso vira o seu fim.

Poesia: Michel F.M.

Os Caipiras Urbanos

[Introdução]
(Seminário apresentado em dezembro de 2007)


Dentro do sistema no qual vivemos as prioridades são mercadológicas, econômicas e políticas. Graças a isso nossa sociedade possui algumas características marcantes como as diferenças de classe social, o preconceito e a discriminação por causa das diferenças, a subversão dos valores, entre outras coisas. E devido a esses fatores associados aos meios de comunicação surgem os estereótipos e se prolifera a visão dualista.
No entanto sabemos que muitos grupos culturais mantêm seus valores, independente das influências e pressões que sofrem da mídia. Porque suas raízes são muito mais profundas do que a superficialidade capitalista. E a questão é encontrar essas raízes.
Todavia se analisarmos não de forma panorâmica a sociedade e a cultura, mas sim direcionando nosso foco especificamente a um grupo cultural e seus indivíduos, nos concentrando no comportamento desse sujeito será possível identificar seus valores e saberemos dessa forma qual é sua verdadeira identidade.

Os Caipiras Urbanos

Artigo de: Michel F.M.


A evolução cria os problemas para depois encontrar a solução, tem sido assim desde a pré-história, mesmo antes da escrita, da agricultura, das construções, da energia elétrica, dos meios de comunicação. E hoje em dia algumas pessoas insistem em proclamar a mídia como um mal necessário da sociedade pós-moderna, algumas ainda condenam a tecnologia como sendo a causa dos problemas. No entanto a história prova o contrário, o universo surgiu do caos segundo os cientistas e só depois retornou a calmaria e tem sido assim, do início dos tempos pra cá. O tempo foi dividido entre antes e depois de Cristo, devido a sua grandiosa importância histórica. Já os estudiosos de comunicação, fizeram uma divisão imaginária do tempo, antes e depois dos “Meios”.
Antes dos meios de comunicação existiam as pessoas, sujeitos de sua própria vida, com seus valores, crenças e cultura. Depois dos meios de comunicação continuam existindo essas pessoas, indivíduos capazes de fazer escolhas, providos de raciocínio e com a incrível habilidade de evoluir. Porque o maior dom do ser humano é a mudança, a transformação, a adaptação.
Dentro dessa lógica partimos para o nosso tema, o caipira urbano. Caipira, sujeito humilde, simples de tudo, trabalhador, com pouco estudo, crente em Deus, respeita a natureza e prefere tudo o que seja saudável e venha da terra. Esse é o caipira? Sim é. Porém essas características passam a ser transformadas em estereótipo no momento em que chegam à mídia e são disseminadas de forma distorcida, como caricaturas cômicas presentes no interior. Poderíamos analisar muitos exemplos disso nos meios de comunicação, como o “Jeca Tatu”, o “Nerso da Capitinga”, a “Filó” entre outros personagens engraçados que acentuam algumas poucas características do caipira. Ainda na televisão encontramos exemplos que são mais próximos da realidade, programas que valorizam a imagem do caipira e demonstram de maneira mais verdadeira sua identidade atual, espaços como “Viola minha viola” que há anos está no ar e mostra o lado mais rico da cultura caipira.
Atualmente um “reality show” intitulado “Simple Life” faz exatamente o inverso do que outros programas, que satirizam o interior. Esse programa aborda a vida de duas “patricinhas” da metrópole, que vão para o interior e não conseguem desempenhar nenhuma tarefa rural, por estas serem obrigações difíceis e exigirem conhecimento e habilidades específicas. Esse programa representa a vida no interior como ela realmente é, com suas dificuldades, alegrias e recompensas.
Para quem não conhece o caipira e nunca esteve no interior, todas essas representações podem “parecer” reais, no entanto, é inaceitável que essas representações sejam consideradas cem por cento reais. Porque nenhuma delas é totalmente verdadeira, todas partem de pressupostos, e algumas características que são de fato corretas.
A verdade menos contestável é que todos nós moradores do interior do estado de São Paulo, na região que abrange as cidades de Sorocaba, Jundiaí, Piracicaba, Campinas (Campinas sim!), Salto, Indaiatuba entre outras, todos somos caipiras e temos devido a nossa descendência interiorana carta branca para falar sobre nossos valores, costumes, cultura e crenças. Alguns de nós nasceram no sítio, em meio a agricultura; outros nasceram na cidade, mas com o costume de acordar junto com a alvorada, ir trabalhar, almoçar antes do meio dia, jantar às seis da tarde e ir deitar com o pôr-do-sol, para no outro dia repetir essa rotina e aos domingos quem sabe ir a missa e depois passear pela quermesse, tudo isso dentro da cidade, tem coisa mais caipira e maravilhosa do que essa? Sem falar naquele jovem que ajuda o pai na lavoura a semana inteira e no final de semana põem sua melhor roupa comprada no shopping e seu tênis de marca comprado com o dinheiro da plantação e vai para a “balada”, curtir a noite de sábado com os amigos. Esse garoto não é caipira? É. Tanto quanto aquele que faz faculdade, aprende conhecimentos sobre o mundo, trabalha em uma grande empresa, faz academia, pensa em fazer uma aula de idiomas porque em informática já é craque, e no almoço de domingo come polenta com pato, (abatido, diga-se de passagem, no fundo do quintal) junto com legumes colhidos na pequena horta de seu pai e depois do almoço, senta na varanda de casa para ouvir música de raiz, com a família reunida, então começam a contar os “causos” de antigamente e os olhos de seu avô brilham falando da época em que não tinha TV, mas as crianças nadavam no rio.
Todas estas pessoas são caipiras, todos nós somos caipiras. Porque produtos industrializados não dissolvem nossa cultura do interior (por mais que tentem), uma rotina estressante não destrói nossos valores e nada em nossa sociedade tem o poder de sufocar nossas raízes, porque elas são muito mais profundas do que qualquer superficialidade mercadológica, econômica e política.


domingo, 9 de dezembro de 2007

Longos Caminhos


Longos Caminhos

São muitos os caminhos que podemos escolher,
Existem labirintos não podemos nos perder,
Tem muitas maneiras de você interpretar,
São muitos os modos de você caminhar,
Só tome cuidado pra não escorregar,
Porque com uma queda tudo pode mudar,
Refrão
Longos caminhos, distantes, distintos,
Longos caminhos, distantes, distintos.

A sua recompensa pode estar do outro lado,
Não pare no caminho ou você vai ficar parado,
Mantenha sua rota esteja sempre ligado,
Em um instante você já faz parte do passado,
Fantasmas não existem nos caminhos terrenos,
Não ligue pros detalhes passe a frente do enredo,
Escute a vós de Deus sem dor e sem medo,
Refrão
Longos caminhos, distantes, distintos,
Longos caminhos, distantes, distintos.

É claro que algo vai acontecer,
Lutando e buscando sempre pra vencer,
Caminhos distantes, caminhos distintos,
Que assim seja, o que tem que ser,
Seguindo em frente, vendo pra crer,
Refrão
Longos caminhos, distantes, distintos,
Longos caminhos, distantes, distintos.

(Compositor: Michel F.M. )

domingo, 28 de outubro de 2007

Minha Donzela


Minha Donzela

Eu vou na sua casa,
Cantar na janela,
Dizer que você
É minha doce donzela,

Declamando poemas,
Eu vou te conquistar,
Sua vida é o livro,
Que eu quero interpretar,

Uma canção singela
Começa a tocar,
Me lembro da nossa,
Maneira de amar,

Você é a mais bela,
Minha doce donzela,
Eu vou guardar
No fundo do coração,

Minha linda princesa
Mantém a chama acessa,
Aquecendo pra sempre
A minha paixão.

Declamando contente,
A minha serenata,
Percebi de repente,
A escolha exata,

Vou te amar para sempre,
Por o pé na estrada,
Vou dizer para todos,
Que é a minha amada,

Você é a mais bela,
Minha doce donzela,
Eu vou guardar
No fundo do coração,

Minha linda princesa
Mantém a chama acessa,
Aquecendo pra sempre
A minha paixão.

Estou indo aí
Para te encontrar,
Eu deixei minhas coisas,
Eu só quero te amar,

Eu vou recomeçar,
Vou tocar pra viver,
Estarei feliz se estiver com você.

Você é a mais bela,
Minha doce donzela,
Eu vou guardar
No fundo do coração,

Minha linda princesa
Mantém a chama acessa,
Aquecendo pra sempre
A minha paixão.

Nós vamos amar,
Nós vamos sonhar,
Nós vamos sorrir,
Nós vamos cantar,

Eu vou recomeçar,
Vou tocar pra viver,
Estarei feliz se estiver com você.

(Compositor: Michel F.M.)




sábado, 27 de outubro de 2007

A Mulher e a Sociedade

A Mulher e a Sociedade
Por: Michel F.M.

O público feminino tem conseguido um espaço que jamais teve em nossa sociedade. As mulheres fizeram por merecer seu reconhecimento profissional e através das suas lutas pela igualdade de gênero, ensinaram a todos que é possível conviver respeitando as diferenças. A mobilização feminina em busca de seus direitos ocorreu intensamente no século passado e até os dias de hoje continua sendo uma caminhada constante, que visa à consolidação da sua importância social.
No entanto quando pensamos no papel social da mulher, vários fatores sugerem uma discussão a cerca dos valores femininos. Dessa forma é possível constatar que as mulheres estão cientes de sua relevância social, porém se encontram insatisfeitas com a representação de seu papel. Em nosso cotidiano a mulher é muitas vezes classificada como um objeto de desejo masculino, que tem por obrigação a satisfação do prazer em troca de dinheiro, ela tem sua imagem deturpada e seus valores são distorcidos quando não descartados.
Fatos reais como a violência doméstica, a discriminação, o assédio moral no ambiente de trabalho e a venda do corpo como fonte de renda, são assuntos abordados muito superficialmente na sociedade. E sua discussão na maioria das vezes não é interessante para os grupos dominantes. Apesar de todos os avanços conseguidos em prol da mulher, a imagem sexual e leviana infelizmente prevalece, temas importantes envolvendo o gênero feminino que devem ser debatidos pelas pessoas, são representados de maneira manipulada e interpretados de forma errônea.
As mulheres em grande parte não concordam com a retratação de seu papel na sociedade, porque a imagem feminina tão explorada não corresponde à situação real. Dentro do grupo feminino existem grandes diferenças sociais, culturais e profissionais. Poucas são modelos de beleza na mídia apesar de todas serem belas a seu modo.
Uma coisa é certa, as mulheres sabem a diferença entre o que elas são e o que os meios de comunicação querem que elas sejam. Elas são muito mais do que um papel ou uma representação na sociedade, são iguais na medida em que são diferentes.

domingo, 30 de setembro de 2007

Entenda

Entenda

Uma luz me iluminou, era minha vocação.
Eu subi naquele palco pra cantar essa canção,
Liberdade de expressão, não tem mais sentido não.
Ninguém segue um padrão, pois a vida é cheia de ilusão.
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Refrão
Liberdade de expressão,
Não tem mais sentido não.

Estamos isolados no universo,
Estamos presos em nossa nação,
Será que nunca vamos parar de lutar ,
Contra essa guerra que nos assombra.
Tantas diferenças nesse mundo desigual,
Não podemos parar de sonhar,
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Refrão
Liberdade de expressão,
Não tem mais sentido não.

A guerra é errado uma dominação,
Somos controlados sem explicação.
Tanta falsidade, tanta falta de perdão,
E o voluntariado nunca é lembrado,
Nem nos momentos de solução.
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Refrão
Liberdade de expressão,
Não tem mais sentido não.

(Compositor: Michel F.M. )

Projeto Samaritano (Michel F.M. / Raphael Ph)

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Os criadores da criação

Os criadores da criação
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Por: Michel F.M. / baseado no texto Criatividade e grupos criativos
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Sem dúvida o século XIX e XX foram os séculos da criatividade, impulsionados pelas revoluções industriais e pelos incansáveis estudos científicos. E hoje nos deparamos com um questionamento, será que a criatividade é americana? Nas últimas décadas a impressão que se tem, é que os Estados Unidos vem sendo o país mais criativo do mundo, com todas as suas novas descobertas e invenções. Porém os maiores inventores norte americanos são europeus, devido à guerra mundial no período que compreende 1930 a 1960 muitos estudiosos e cientistas fugiram da guerra e dos problemas europeus e vieram para nos EUA, devido a essa evasão européia a criatividade realmente cresceu na América do norte. Mas o país que se considerava o mais criativo do mundo, encontrou concorrentes à altura, primeiro com a URSS que enviou o primeiro satélite ao espaço, depois com o Japão que mostrou sua força mercadológica e econômica com seus produtos incrivelmente baratos, e finalmente com o terror islâmico, ironicamente o país que levou a guerra e a destruição a todo o planeta, viu seu maior símbolo de poder (as torres gêmeas) sucumbir em seu quintal.
Partindo da criatividade mundial, passamos à criatividade empresarial; porque as empresas devem ser criativas? Atualmente as grandes empresas dispõem de máquinas que fazem o trabalho mais “chato” e constante e tais máquinas precisam de pessoas para controlá-las, sabemos também que independente do avanço da tecnologia uma máquina jamais será criativa como o ser humano pode ser, porque ela é programada para fazer coisas sempre exatas e a criatividade não é exata. Além do mais a evolução exige mais evolução, no entanto as empresas limitam a criatividade de seus funcionários, as mesmas acreditam que todos têm que pensar a partir de uma fórmula principal e comum e isso não funciona. São construídas barreiras psicológicas na mente dos funcionários exterminando qualquer suspiro de criatividade. E chegamos ao outro contraponto, porque as empresas não são criativas? A resposta é simples, as idéias inevitavelmente serão barradas pelos chefes, muitas vezes o funcionário tem uma restrita liberdade de criação, coloca seus planos no papel que fatalmente continuarão no papel. Os setores de controle de administração da empresa ao invés de enxergarem a nova idéia como uma oportunidade, classificam os projetos como perigos eminentes. O grande mercado predatório e míope quer funcionários eficientes e pouco inteligentes, repetitivos e pouco criativos.
A criatividade é um assunto muito discutido em nossa sociedade, existem muitos estudos sobre indivíduos em particular que fizeram grandes feitos e foram importantes no ponto de vista criativo. Mas quase não existem estudos sobre criatividade coletiva. A criatividade é algo muito particular, acontece de maneira diferente em cada individuo, porém algumas características são comuns a todos, como informação e conhecimento. Apesar de alguns criadores afirmarem que a imaginação foi mais importante do que os estudos no decorrer de suas vidas.
Alguns dizem que todos somos criativos, outros que a maioria tem criatividade ordinária, mas poucos tem criatividade extraordinária. Existem muitas teorias sobre como funciona o pensamento criativo, como disse “Wallas” aprofundando o pensamento de “Helmholtz” existem quatro fases a criatividade: preparação, incubação, iluminação e verificação. “Freud” também se aventurou nesse universo e depois “Arieti”, formulando a idéia de pensamento primário e secundário idéia que foi desenvolvida mais tarde e foram adicionadas a ela a esfera emotiva e racional. Pois bem, a conclusão que chegaram com esse complexo esquema, foi que a criatividade é uma mistura da fantasia com a realidade e uma não funciona sem a outra. Não basta a pessoa criar uma coisa maravilhosa, ela tem que mostrar isso aos outros e essa criação tem que ser útil e significar alguma coisa, então ela será reconhecida pelo seu trabalho.
Com relação à literatura e poesia a criatividade está associada ao conceito de belo que por sua vez se liga ao comovente, à melancolia, que desperta as lágrimas na alma sensível. Um ponto essencial no que diz respeito à poesia é a estrutura, que é muito importante e está diretamente ligada à própria criatividade. Alguns poetas e compositores preferem criar grandiosas poesias, extensas e minuciosamente trabalhadas, enquanto outros acham perda de tempo fazer um trabalho muito longo, que vá dispersar o leitor e preferem criar apenas de forma espontânea, sem planejamento, poesias curtas e sucintas. Atualmente devido aos avanços tecnológicos, a criatividade coletiva está em alta e não é menos genial do que a individual. As empresas estão se tornando globais e fica muito difícil manter poucos indivíduos criando isoladamente, a demanda é gigantesca e as criações precisam acompanhar o crescimento. Voltando novamente à questão artística, de um lado temos as grandes orquestras sinfônicas, que determinam rigorosamente o papel de cada um dentro do contexto erudito, maestros, músicos, compositores, interpretes; enquanto de outro vemos o Jazz considerada junto com o cinema a expressão máxima do século XX, com todas as suas improvisações, espontaneidade e o exemplo claro da criação em grupo, contrariando a música clássica onde só um cria e os outros reproduzem.
A criatividade nos parece algo solto, livre e imaginário, mas ela depende de técnicas referentes a cada coisa que você cria, relaciona-se à área em que você aplica a criatividade. Um criador pode julgar que tudo o que pensa e está inventando não depende de nenhum outro fator, porém o próprio fato de criar é baseado em regras, mesmo que inconscientes. O criar não depende só da imaginação e concretude, mas também da administração dos pensamentos e de técnicas introjetadas. A criatividade artística pode ser individual e coletiva, programada ou repentina. Já na cientifica prevalecem os processos coletivos e uma idéia está sempre ligada à outra. Muitas vezes é possível destacar grupos geniais, gênios coletivos compostos de sujeitos individuais que sozinhos não são brilhantes, mas em equipe são incríveis. Sabemos que o maior problema da criação coletiva é a intolerância, os indivíduos precisam se respeitar mutuamente, para conseguirem alcançar algum objetivo maior. E quando os integrantes passam a se sacrificar pelo todo, pelo grupo, as coisas passam a dar certo, mas para isso é preciso que todos estejam maduros o suficiente e saibam abrir mão de suas particularidades e de seus desejos pessoais, quando isso for necessário. Quando esse comprometimento não acontece, um único membro do grupo passa a impor suas idéias e o grupo tem sua criatividade reduzida até se esgotar. Por outro lado a interação, união, a espiral positiva leva o grupo muito próximo da perfeição, onde todos os integrantes se sentem bem por estarem juntos. Outro ponto importante de destaque é o líder-fundador, aquele que se sacrifica, se entrega e da à vida pelo projeto, é ao mesmo tempo autoritário e carismático, por assim dizer o pai, que estará ali todos os momentos, pronto para ouvir e ajudar sempre seus parceiros em busca do sucesso de sua idealização.
Existem algumas diferenças entre os indivíduos criativos e os grupos criativos, enquanto o individual expressa intensamente seus sentimentos e emoções, o coletivo tem mais receio de expressar pensamentos interiores. Mas em essência trazem frutos para toda a humanidade, seja individual ou coletiva a criação sempre trará benefícios para o mundo se for usada para o bem. Criem !!!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

O que vale a palavra de um homem ?

O que vale a palavra de um homem ?

Um dólar não pode evitar,
O degelo da calota polar,
Um dólar não pode comprar,
O fim do aquecimento global,
A idéia é canalizar um comportamento casual,
Para a nossa população ficar sem reação,
Um dólar pode comprar o frescor de uma bala,
Uma bala na boca ou na cabeça,
Pode optar, só não se esqueça,
Que um dólar não vai salvar,
Nossa geração de um destino par.

Refrão
O que vale a palavra de um homem ?
Contra objetos que respiram e consomem,
De que vale eu tentar não me iludir,
Se o mundo é a base do comprar e consumir.
.
A “responsa” foi sendo passada,
E com habilidade foi contornada,
O mal se tornou o rei,
O amor se tornou uma brisa,
Transformaram “Che”,
Em uma estampa de camisa,
Entre na conspiração,
Pessoas com força e ação,
Não ligue pra essa confusão,
É o mundo em liquidação,

Refrão
O que vale a palavra de um homem ?
Contra objetos que respiram e consomem,
De que vale eu tentar não me iludir,
Se o mundo é a base do comprar e consumir.
.
Quando penso em tudo que se fez,
O mal ao invés do bem,
A única idéia que me vem,
É o que vale a palavra de um homem ?


Refrão
O que vale a palavra de um homem ?
Contra objetos que respiram e consomem,
De que vale eu tentar não me iludir,
Se o mundo é a base do comprar e consumir.
.

O que vale a palavra de um homem ?
Algumas palavras constroem,
Mas muitas palavras destroem,
Então o que vale a palavra de um homem ?


(Compositor: Michel F.M.)

Projeto Samaritano (Michel F.M. / Raphael Ph)

sábado, 25 de agosto de 2007

MP3 x Indústria Fonográfica

MP3 x Indústria Fonográfica

Por: Michel F.M. / 1° Semestre de 2007

O MP3 sem dúvida nenhuma, se tornou uma das maiores invenções contemporâneas ligadas à música e as pessoas que desenvolvem esse tipo de trabalho tecnológico ou estão diretamente ligadas a ele profissionalmente, confirmam tal fato. Esse formato eletrônico que permite ouvir músicas em computadores, com ótima qualidade, ocupando espaços mínimos, se disseminou pelo mundo em uma escala incalculável e sem controle, ao ponto de competir com a “onipotente” empresa fonográfica e fazê-la “curvar-se” perante a nova tecnologia revolucionária.
Ao contrário dos outros arquivos que o antecederam, o MP3 é de fácil manipulação e qualquer pessoa mesmo sendo leiga em informática pode usufruir de suas vantagens. É um arquivo que em qualquer parte do mundo pode ser trocado, compartilhado ou enviado gratuitamente e com uma facilidade muito maior do que arquivos do gênero, por ser mais leve e compacto.
Do ponto de vista legal, é um produto lícito se adquirido para uso pessoal, pode ser baixado pela internet, através de um programa compatível com arquivo, mas não pode ser utilizado como fonte geradora de lucro, nesse caso seria considerado pirataria. E pirataria é crime perante as leis da nossa sociedade.
O arquivo MP3 não é um produto que a indústria fonográfica criou para obter lucro, pelo contrário, foi um invento desenvolvido para facilitar a vida dos consumidores, que teriam acesso muito mais fácil, rápido e barato as suas musicas preferidas, sem gastos excessivos com CDs originais.
Logo, um produto tão rentável para o consumidor, que não gera lucros para a indústria fonográfica, traria a falência as gravadoras, produtoras e distribuidoras de CDs.
Porém isso não aconteceu. Soaria como algo fora do contexto, se depois de uma incessante explanação das vantagens do MP3, nós finalizássemos dizendo que apesar de tudo que foi dito, as gravadoras se mantêm no topo do mundo musical obtendo mais lucro do que nunca.
Mas nós temos os argumentos essenciais que nos trouxeram a essa conclusão. Primeiro, o MP3 é uma mídia digital, vinculada na sua grande maioria através de computadores e internet, vivemos uma ilusão acreditando que estamos em um mundo de total tecnologia e informatização, enquanto a maioria da população mundial não sabe o que é um computador. Portanto essas pessoas não vão adquirir o MP3 e se tiverem condições continuarão a adquirir CDs originais, ou piratas contribuindo assim com a pirataria de forma ilícita, o que tornaria a aquisição de MP3 um crime. Em segundo lugar, a indústria fonográfica investe a cada dia, mais e mais em publicidade, “empurrando” para o mercado novas promessas musicais, astros de sucesso relâmpago, sem falar nos grandes “dinossauros” que se mantêm no cenário musical. Esse jogo de marketing, desperta nas pessoas um sentimento de afeto e atração por determinados artistas e bem sabemos que fãs compram CDs originais, ou porque vem com um belo encarte ou pelas informações complementares dos artistas ou simplesmente pela valorização dos mesmos, gerando a sensação daquele CD ser único e ter sido feito exclusivamente para a pessoa.
Sendo assim concluímos que o MP3 revolucionou o mundo musical. De uma maneira ou de outra divulgou mais os artistas e causou um impacto que abalou a indústria fonográfica, mas não modificou completamente os seus alicerces, que se mantiveram firmes apesar de seus preços abusivos e a dificuldade para adquirir um CD original.
Deixamos nosso apelo às gravadoras. Só existe uma maneira do consumidor e da indústria saírem ganhando: através de uma redução significativa dos preços de CDs originais, acabando com a pirataria. Porque o MP3 é uma das melhores alternativas, mas infelizmente ainda não é a solução.

sábado, 18 de agosto de 2007

Samaritano




Samaritano

Ando pelas ruas sem saber onde estou,
Ando por aí sem saber aonde vou,
Caminhando firme como prego na areia,
Esperando o momento pra ser pego na veia,
Uma pessoa perdida que nunca se encontrou,
Eu cobri a ferida e ela cicatrizou,
Mas a criança faminta não segurou e chorou,
E nessa vida eremita eu vou, eu vou...

Refrão
Eu Vou... Vou superar meus medos porque ainda é cedo,
Eu Vou... Continuar lutando um Bom Samaritano eu sou.

Na minha frente um irmão me pedindo ajuda,
Do meu lado a nação soletrando acuda,

Enfrente a morte, viver é um teste,
Aborte a dor, derrube a peste,
Caminhando forte na minha direção,
Vem a minha sorte e a inspiração,
E a esperança que me fez agir,
Me abriu a porta e eu vou partir,

Refrão
Eu Vou... Vou superar meus medos porque ainda é cedo,
Eu Vou... Continuar lutando um Bom Samaritano eu sou.

Quando faço o bem eu me sinto leve,
Faça também e vai sentir em breve,
Que o amor é a chave para as mudanças,
Amai os pobres a as crianças,

Refrão
Eu Vou... Vou superar meus medos porque ainda é cedo,
Eu Vou... Continuar lutando um Bom Samaritano eu sou.

(Compositor: Michel F.M.)


sábado, 11 de agosto de 2007

Arte-fatos da Pós-modernidade

Arte-fatos da Pós-modernidade
Por: Michel F.M. / 2°Semestre de 2006

É assustador o que o homem pode criar em seus “ataques” de inspiração. Obras-primas fascinantes nas áreas da literatura, pintura, escultura, música, etc. Momentos da história humana registrados para sempre na forma de arte.
Muitas coisas se perderam ao longo dos anos, registros que poderiam nos ajudar a conhecer muito mais sobre nossa espécie. Em cada passagem da história, o homem produziu a arte com um ideal diferente, sempre rico em detalhes e com o intuito de expressar seus mais sinceros pensamentos e sentimentos a cada obra. Na Pré-História faziam desenhos em cavernas para gravar suas glórias, seguindo uma série de rituais religiosos. Posteriormente surgiram os egípcios, maias, povos da mesopotâmia e mais recentemente os gregos e romanos. Todos esses povos tinham uma coisa em comum, eles faziam arte, mais não sabiam disso. Cada qual em seu tempo, com suas crenças e religiões expressando suas experiências, apesar de na maioria das vezes só a história dos mais fortes ser contada, eles acreditavam em algo superior, maior que eles. Porém não tinham esse conceito artístico que temos hoje.
Com a chegada da modernidade chegaram também os conceitos, os métodos, os padrões; o homem se fragmentou. O que antes era uma coisa só, agora são muitas coisas. E com essa divisão dos valores a demanda aumentou. A vida se padronizou e não existe mais espaço para a reflexão, para crítica, para a liberdade.
O ser humano não pode mais se deslocar livremente, porque está preso ao sistema. Aqui e na China nós bebemos “Coca-Cola” e usamos tênis da “Nike”. Nossa vida ao mesmo tempo em que evolui desenfreadamente, permanece ossificada como jamais esteve.
O homem não cria mais a arte, a arte cria o homem. Os seres humanos se tornaram objetos do capital, que transforma a arte em mercadoria. Aquele mesmo capitalismo que muitas vezes manipula a mídia e é onipotente sob os meios de comunicação, transformando pessoas comuns em astros, para depois emergi-los no esquecimento, passando mensagens ilusórias de falsa consciência às pessoas, entorpecendo-as com as idéias de um mundo perfeito onde tudo é normal. Um mundo onde pessoas morrem por causa da obesidade, ou por câncer causado pelos alimentos industrializados, enquanto ao mesmo tempo outros morrem de fome e desidratação, causada pela falta da água que a “Coca-Cola” usa pra fazer seus refrigerantes.
Este é o mesmo mundo que conseguiu levar homens a lua e satélites para fora da galáxia, mas não consegue tirar as crianças da rua e de baixo de pontes.
O ser humano industrializou a arte, padronizou os sentimentos e manipulou as mentes, para conseguir vender a ele mesmo o que ele criou. Só uma raça tão “brilhante” e “virtuosa” para querer vender-se a si mesmo e acreditar que estará lucrando com isso.

Cultura X Cultura de Massa

Cultura X Cultura de Massa

Por: Michel F.M. / Junho de 2007

O processo de transformação da cultura em cultura de massa é reversível, no entanto é necessário um empenho maciço das grandes instituições e empresas para que esse quadro se reverta e isso parece ser algo praticamente impossível em nossa sociedade capitalista. E dessa forma sabemos que as grandes empresas não vão se propor a mudar um sistema tão lucrativo, que gera bilhões em todo o mundo. Os meios de comunicação são alimentados por essa fábrica global que transforma objetos culturais em cultura de massa. Nos dias de hoje podemos ver a exploração mercadológica sob a criatividade individual, o mercado não é mais orientado a partir do artista e de suas obras, mas sim o oposto, o artista gira em torno do que o mercado está exigindo. Não existem mais criações inovadoras, tudo o que vemos em nosso mundo são cópias de feitos anteriores, os quais a indústria cultural se apodera transformando crítica artística em moda. Uma moda que na próxima estação estará ultrapassada e será novamente deixada de lado para que novos objetos da cultura de massa recém saídos do forno tomem seu lugar.
As empresas sabem que estão manipulando e vulgarizando a cultura da pior forma possível, mais como já foi dito a preocupação não é essa mais sim encontrar as mais variadas formas de obtenção de lucro. E essas empresas têm a consciência de que estão contribuindo de maneira substancial para a transformação da cultura em cultura de massa. Esse diagnóstico é preocupante, se pensarmos em escala mundial. Portanto é chegado o momento de apelarmos de forma veemente para os tão gastos valores, que todos em nossa sociedade conhecem, mas só de nome, porque ao que parece ninguém atualmente costuma coloca-los em prática.
A desconsideração dos valores culturais é clara e podemos vê-la acontecendo livremente em nossa sociedade. A preocupação não é com relação às ideologias críticas ou o significado em sua própria essência, mas com o impacto que isso terá mercadologicamente. Será um bom produto ? Atingirá o público da maneira esperada ? Renderá bons lucros ?
Essas são as perguntas feitas pelas grandes empresas todos os dias. O Compositor Beethoven foi apenas mais um alvo da indústria, uma vítima que felizmente teve a sorte de não chegar a ver o que fizeram com inúmeras de suas composições, enlatadas e orientadas para o mercado. A diferença de Beethoven para os objetos de massa, é simples, o compositor foi, é, e sempre será cultura, enquanto os objetos de massa serão outra coisa qualquer, descartada na próxima estação.
Por isso as pessoas precisam acordar para tais fatos, nossa cultura clama desesperadamente por respeito e preservação, nós necessitamos de mais pessoas que criem e conservem a cultura, para que no futuro nossos filhos saibam o que seus antepassados fizeram de bom, porque a única coisa importante que realmente podemos deixar para nossos descendentes são nossos bens criativos e culturais.

domingo, 5 de agosto de 2007

Virtudes do homem

Virtudes do Homem

A depressão me pegou não consigo mais viver,
Eu preciso ir embora para esquecer,
Quando olho no espelho não me reconheço mais,
O rosto não é mais o mesmo de anos atrás,
O que vai ser daqui pra frente ?
O mundo vai girar e eu vou estar indiferente,
Diferenças sempre existirão e muita incompreensão,
Mas se pararmos para pensar, isso um dia madará.
.
Amor e compreensão nunca vão acabar,
Se você lutar pela compaixão.
.
Eu me sinto mal quando leio o jornal,
Só mortes e seqüestros nas manchetes do mural,
E a educação e as bem feitorias
Escondidas lá no fundo como meras porcarias,
Quando eu saio de casa,
Só consigo imaginar quantos não morreram sem se confessar,
Mas isso não é nada o que você quer saber,
Porque Jesus Cristo morreu ? Para podermos crer,
.
Amor e compreensão, nunca vão acabar,
Se você lutar pela compaixão.
.
Ninguém respeita ninguém agüenta,
Ninguém tolera uma decisão sem explicação, (não tem explicação)
Porque tem que ser tão difícil conviver,
Eu não sei por que não podemos tolerar,
O amor é tão bonito quando nós sabemos amar,
Devemos perdoar para podermos agüentar,
Pois a vida é uma só e não podemos lamentar.
.
Amor e compreensão, nunca vão acabar,
Se você lutar pela compaixão.

(Compositor: Michel F.M. )

Poeta




"Um poeta vive a vida em dois tempos,
Um tempo para ele e um tempo para o mundo."


(Michel F.M.)

Sobre Almas e Homens



Sobre Almas e Homens

Porque as crianças não brigam por cor ?
Porque os adultos vivem nessa dor ?
Não sei o que leva o homem a ser,
O que ele é sem pensar nem temer.

Sim, tem remédio pra essa doença,
É só acreditar em alguma crença,
Mas não sabemos onde vamos parar,
Se chegaremos em algum lugar,
Basta, se um dia possamos acreditar,
.
Porque querer ser algo que eu não so
E imaginar para onde eu vou,
Feche os olhos e tente sonhar,
Se você quiser podemos tentar,
Eu sei que um dia chegaremos lá,
Basta você acreditar.

Se nos sentíssemos bem, com o que temos,
Podíamos viver com menos,
E mesmo sem termos, seriamos rei.

O homem tem na sua essência,
Buscar uma senha para ser feliz,
O que importa é o que você sente,
E nunca irão dominar a sua mente.
.
Porque querer ser algo que eu não sou
E imaginar para onde eu vou,
Feche os olhos e tente sonhar,
Se você quiser podemos tentar,
Eu sei que um dia chegaremos lá,
Basta você acreditar.

Os ensinamentos de nossos pais,
Não podem ficar para traz,
Porque o que eles disseram, ainda iremos usar,
Porque o que eles falaram, ainda irá nos salvar.
.
Porque querer ser algo que eu não sou
E imaginar para onde eu vou,
Feche os olhos e tente sonhar,
Se você quiser podemos tentar,
Eu sei que um dia chegaremos lá,
Basta você acreditar.

(Compositor: Michel F.M.)
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