Habituado aos costumes rotineiros da prática usual
Quando chego na porta, aquele Auê de sempre, a molecada grita, esperneia, ouço uns vinte e cinco chamados, “Tio, tio, Ó o tiooooo...” Olho para a professora para ver se ela já encerrou as tarefas, para que possamos prosseguir para a hora tão aguardada pela mini-platéia. – Podemos ir ? – pergunto – Ah, lembrei que preciso aplicar uma provinha pra eles hoje. – Ela responde. E em um instante o alvoroço e a espectativa se transformam em uma dupla frustração.
Sem aula de informática e com uma prova para substituí-la, tudo com o que qualquer criança jamais simpatizou. Mas é assim, a escola tem um cronograma, os alunos precisam passar por estas etapas que fazem parte de sua formação, para crescerem, se desenvolverem e terem a plena consciência de que o sistema manda em sua rotina e mandará.
- Tudo bem, obrigado professora, um outro dia nós repomos essa aula.
Volto para a “minha” sala, desligo os computadores, um a um. Sento em minha cadeira, entro na internet, e perco o tempo que iria utilizar tão proveitosamente. O momento mais alegre do meu dia, não iria acontecer.