sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Absolvição de um Pecado Imperdoável

Absolvição de um Pecado Imperdoável

Perdoe-me Pai.

Peço desculpas Senhor todo poderoso,
Peço que me absolva Deus meu, porque errei,
Um erro imperdoável (inaceitável).

Transgredi o mais importante,
Grandioso e definitivo mandamento
E como se não fosse o bastante
Violei também o segundo maior,
Aquele que o teu próprio filho proclamou.

Mas não espero que me perdoe,
Não espero perdão, por cometer
A mais grave dentre todas as faltas,
Porque meu pedido não é sincero,
Não, não o é.

Se me entregasse à sinceridade,
Expondo-lhe tudo aquilo que interiorizo,
Lhe confessaria que descumpri
Os mandamentos mais sagrados,
Pois acurralado por meus sentimentos,
Não pude defender-me e cedi.

Cedi ao que me foi avassalador,
Dominante, devorador, atropelante,
Predominante, preponderante.
Cedi a Ela.

Entreguei-me a Ela. Vendi-me a Ela.
Engrandeci, amadureci, desfaleci,
Me restitui por Ela.

Te amei mais do que me amei,
Te amei mais do que ao próximo
E em meu pecado imperdoável
Te amei mais do que a Deus
E sobre todas as coisas.

Contudo, se o ato de amar liberta,
Cumpro minha pena livre.
Sou um condenado,
Obrigado a responder em liberdade.

Te amei mais do que me amei,
Mais do que ao próximo,
Mais do que a Deus,
Mais. E sobre todas as coisas.

(Compositor: Michel F.M.) © 2010


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cinza de Fuligem

Cinza de Fuligem

Certa vez conheci uma senhora,
Que morava no interior,
A chamavam de “Branca de Neve”,
Não tinha nada de muito valor.

Uma casinha no campo,
Um jardim florido,
Canto calmo longe do perigo.

Numa tarde seca e quente,
Lhe pedi um copo d’água
Em frente à seu casebre,
Espontaneamente me contou
Sobre suas jornadas,

Sem tartarugas ou lebres.
Apenas um conto sem fadas.
As ilustrações não eram leves
E as indagações tão pouco breves.

Seu apelido era uma piada, sua cor era parda,
Mas “Branca de Neve” já estava acostumada,
Pois desde jovenzinha tinha sido discriminada.

Ao nascer prematura foi abandonada,
Criada na favela da “Maça Envenenada”.
Filha de uma mãe e vários pais,
Que tinham outros filhos em diversos cais,
A história se fazia, corrida diária,
Aquela sobrevida na zona portuária.

“Branca de Neve”, “Cinza de Fuligem”,
Na “Floresta de Concreto” resistiu à sua origem.

Foi adotada por uma bruxa,
Acorrentada no porão pela madrasta,
Era espancada, levou muita “bucha”,
Se viu acurralada e deu uma basta.

Fugiu numa noite gélida,
Logo caiu nas “poções encantadas”,
Não imaginou as ruas tão violentas,
Mais uma usuária viciada.

- Branca me deve sete prestações,
Em notas trocadas e sem marcações.

Para pagar o sujo cafetão,
Foi enviada ao “Castelo da Morte”,
Forçada a entrar nessa perdição,
Prostíbulo de luxo na zona norte.

A sorte azarada estava lançada,
E a “Branca de Neve” caiu num “sono profundo”,
À facção foi incorporada,
Regada à crack num antro imundo.

“Branca de Neve”, “Cinza de Fuligem”,
Na “Floresta de Concreto” resistiu à sua origem.

A pobre menina carente,
Viveria Infeliz para sempre,
Se não fosse por um nobre alfaiate,
Que achara um sapato de cristal.

Garimpou por toda parte,
Imaginando uma beleza colossal.
Ele não fomentou sua longa empreitada,
Mas trombou com Branquinha,
Numa noite estrelada.

Entre o castelo e o mirante,
Um conto triste teve um desfecho brilhante.
Mesmo depois de tanta tristeza,
Ela encontrou um “Príncipe” que a chamou de “Princesa”.

“Branca de Neve”, “Cinza de Fuligem”,
Na “Floresta de Concreto” finais felizes também existem.

Finais Felizes também existem.

(Compositor: Michel F.M.) © 2008

domingo, 10 de outubro de 2010

Kathlyn e o Vestido Violeta


Kathlyn e o Vestido Violeta

As roseiras mais grosseiras
Podem habituar-se ao afável
Chamego da cerração.

Projetando uma admirável
Imagem arteira,
Refletindo luz ultravioleta
Em sua pigmentação.

Kathlyn e o Vestido Violeta,
Vagando sonolenta,
Com suas botas de carmim.

Descrição do óbvio,
Louvo com satisfação,
Nota violenta,
Ouvida na desolação.
Vivida a devida dissertação.

Kathlyn e o Vestido Violeta,
Passeando em marcha lenta.
Envolvida em cetim.

Uma boneca de cera,
A maciez do algodão,
A Bela como Fera,
Auferida em sua coleção.

Kathlyn e o Vestido Violeta,
Vagando sonolenta,
Com suas botas de carmim.
Passeando em marcha lenta,
Envolvida em cetim.

Numa noite friorenta,
Ao som da invernada,
Na relva estrelada,
Devaneios são assim...

Kathlyn e o Vestido Violeta...

(Compositor: Michel F.M.) © 2009

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Melodia de Marie

Melodia de Marie

Ressoa dissonante,
Brandura e simetria,
Marie é realeza da utopia.

Assopra a pena,
Empena a pluma,
Em plena curva estreita,
Por onde tramita a poetiza,
Em Prumo improvisa.

Melodia de Marie

Instrumento que traz harmonia,
Como vento que invade o recinto,
Musicando em alegoria,
Marolas Sonoras do instinto.
Manobras morosas,
Melindre caligrafia.

Uma flauta e nada de
Segurar ar nos pulmões.
Solte forte a inspiração,
Recomece a soprar,

Acordes Marie
E continue a idear,
Arpejos, lampejos,
Desejos a permear.

Melodia de Marie

Com cordas ou metais,
Concorda o Menestrel,
Orquestra “El tropel” que nos vicia,
Marie é uma dama em poesia e melodia.

Melodia de Marie,
Assovio da perfeição,
Uma flauta a faz fluir,
Tece em sopros a canção.

Ressoa dissonante,
Brandura e simetria,
Marie é realeza da utopia.

Melodia de Marie

(Compositor: Michel F.M.) © 2009


domingo, 29 de agosto de 2010

Indecifrável Jú


Indecifrável Jú

Em meu ingresso meço Jú
Faço um pedido peço Jú
Um Comentário para Jú
Ou um glossário sobre Jú

Em meu diário escrevo Jú
Ao redigir resumo Jú
Uso ensejos vejo Jú
No quintalejo bejo Jú, Bejo...

Indispensável Jú
Incomparável Jú
Inenarrável Jú
Indecifrável Jú

Na Biblioteca Leio Jú
Na Locadora loco Jú
Uso o fado fada Jú
Sol poente nasce Jú

Naquele atalho rumo a Jú
Espalho versos sobre Jú
Cantigas lidas para Jú
A Preferida, amo Jú, amo...

Indispensável Jú
Incomparável Jú
Inenarrável Jú
Indecifrável Jú

Provoco-a por provocar,
Só pra vê-la revidar.
Onde me encontro, encontro Jú
Contudo não decifro Jú.

Notoriedade do Notável,
Afinidade ao afagável.

Indecifrável Jú, Inesquecível Jú...

(Compositor: Michel F.M.) © 2009



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Por um momento

Por um momento

Faz mesmo, muito tempo,
Não quero ter lembranças dos maus momentos,
Só vou preservar os meus sentimentos.

As coisas que vivemos me fizeram crescer,
Esteve do meu lado enquanto pode,
E quando não cabia mais, ainda coube.

Mas faz tanto tempo,
Que parei de escutar meu pensamento,
Só guardei no peito o sentimento,
De um dia ter te amado por um momento.

Não me desgasto com poucas coisas,
Nunca me esqueço do que me ensinou,
A cada momento só guardo as boas,
Assim não me esqueço de quem eu sou.

O destino foi cruel e nos separou,
Os nossos planos, tudo acabou.

Vivemos nosso amor em um momento,
No qual muitos não vivem nem todo tempo,
A nossa união foi dividida,

No entanto amamos mais do que em uma vida.

Mas faz tanto tempo,
Que parei de escutar meu pensamento,
Só guardei no peito o sentimento,
De um dia ter te amado por um momento.

(Composição: Michel F.M.) 2005

terça-feira, 13 de julho de 2010

(Aqui) você vai viver


Para celebrar as Mais de Mil Mentes
que acreditaram e creditaram neste blog.

Mais uma Composição. Dedico este espaço a você que o lê.


(Aqui) você vai viver

Aqui,
Não existem regras,
Pra dormir ou acordar.

Aqui,
Não existem regras,
Pro almoço ou pro jantar.

Aqui,
Não existem regras,
Pra sorrir ou pra chorar.

Aqui,
Não existem regras,
Pra sofrer ou pra amar.

Aqui,
Não existem regras,
Para as regras conservar.

Viva,
O quanto quiser.

Viva,
O quanto puder.

Viva,
Até morrer.

Porque se foi o que devia ser,
Você vai viver. Pra sempre viver!


(Compositor: Michel F.M.) © 2005

quarta-feira, 7 de julho de 2010

"Pátria"

"Pátria"

Promessas fáceis e mentiras,

Fazem parte do dia a dia,
Precisamos selecionar
O que queremos ouvir,
Do queremos falar.

Bandeira erguida e cidadania,
Não encontramos em qualquer esquina.

Chega de pés descalços,
Chega de hipocrisia,

Chega de crianças nas ruas,
Chega de falta de cidadania.

Agora é cada um por si, eles dizem.
Mas ninguém quer ficar só,
Porque o Povo não é só isso,
O Povo é muito maior...


Chega de palavras de controle,
Eu não quero ouvir o que eles ouvem,
Temos que saber escolher,
O que queremos para nossa vida.

Nós somos bons americanos,
Dessa nossa América Latina,
E não vem com esse negócio de Estados Unidos,
Nós somos Brasileiros oprimidos,
Nossa agricultura e nossos cientistas,
Dão de dez a zero nesses oportunistas.

Mas infelizmente ainda vai levar
Algum tempo, pra gente mudar,
No entanto eu sei com convicção,
Que o nosso País é uma grande Nação.

E sei que um dia isso vai melhorar,
Sei que um dia será melhor.
Porque o povo não é só isso,
O povo é muito maior.


(Compositor: Michel F.M.) © 2004

domingo, 13 de junho de 2010

A Última Cena

A Última Cena

Os riscos davam tão certo,
Os momentos eram tão lindos,
Estava sempre por perto,
Nós vivíamos sempre sorrindo.

Parava o período para estar com você,
Esquecia de tudo, menos de pretender,
Era assim que os sonhos tinham que acontecer,
Os amantes se amando como devia ser,
Mas infelizmente preciso me conter, pois...

Às vezes um sonho parece impossível,
E mesmo se vemos é algo invisível,
Mas isso não pode impedir de sonhar.

Tenho que me conter para não soluçar,
Sabia que nem tudo seria um cintilar de rosas.
Dediquei minha vida pra sonhar com você,
Enfrentei os meus medos pra te amar como deve ser.

Mas às vezes um sonho parece impossível,
E mesmo se vemos é algo invisível,
Só que isso não pode impedir de sonhar.

Se torna algo perfeito,
Se torna um sonho tão lindo,
E a última cena que me lembro,
É de você sorrindo.

(Compositor: Michel F.M.) © 2006

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Poucas semelhanças, nenhuma coincidência


Poucas semelhanças, nenhuma coincidência

Anteontem foi aniversário de um Cardeal inglês, fez 88 anos, se reuniu com o clero bem cedo, antes do galo cantar, almoçou com o bispado na alta cúpula, jantou com chefes de estado no vaticano, abençoou muitos fiéis da vidraça de sua suíte no quarto andar.

Anteontem foi aniversário de um Sheik árabe, fez 68 anos, acordou tarde, tomou café da manhã com suas doze esposas, diante de seis serviçais, jogou Pólo, vendeu sete milhões de euros em ações da bolsa, comprou um haras, não deixou gorjeta para o chofer.

Anteontem foi aniversário de uma Estilista parisiense, fez 48 anos, participou de uma entrevista para a semana fashion, falou sobre as tendências mundiais, desenhou três vestidos para a próxima coleção, comprou um bolo com nove camadas de recheio, humilhou duas modelos anoréxicas, demitiu um estagiário, encontrou-se a luz de velas com seu novo affair (amante vinte anos mais jovem).

Anteontem Raissa fez aniversário, completou 8 anos, acordou com os gritos da mãe, tocando pela trigésima vez seu padrasto alcoólatra do barraco, carregou uma mochila que pesa dois terços de seu peso, foi para o colégio (escola pública localizada na periferia, numa rua sem asfalto, esgoto e saneamento, mas com um córrego fétido e transbordante), não fez desjejum, usou um dos seis livros que levou, a professora a repreendeu por não ter feito a tarefa. Correu no intervalo, brigou na saída, rodou por aí; voltou para o lar bem depois do sol se por; ela não jantou e foi dormir sem velas, presentes ou parabéns.

Michel F.M.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A Razão do meu Viver

Hoje, fazem 7 anos que escrevi minha primeira música, hoje publico aqui, a primeira música. Um Abraço.


A Razão do meu viver

Quando eu a vi, sentada lá no canto,
Foi quando percebi, em seu rosto um espanto.
Ela estava lá parada, ela era um encanto,
Quando olhou pra mim, derramou-se em prantos.

Ela parecia um anjo, ela era diferente,
Era muito bonita e inteligente.
Às vezes eu paro e penso como seria sem ela,
Eu não viveria sem a minha Cinderela.

Você não pensa em mim, só eu em você,
Quero te ver, não posso te perder,
Você é a razão do meu viver.

Você é muito legal e um pouco inconseqüente.
Fala sem pensar, acaba magoando a gente.
Não sabe conversar e quando fala
Só consegue machucar.

Mas isso agora não importa mais,
Eu não quero nem saber,
Só sei de uma coisa, eu amo você.

Você tem esse seu jeito
Estranho de ser, mas eu amo você.
Vamos ficar juntos, só eu e você,
Você é a razão do meu viver.


(Composição: Michel F.M.)

sábado, 10 de abril de 2010

A certeza de uma quase catarse matinal [Em 10 Manhãs]


A certeza de uma quase catarse matinal [Em 10 Manhãs]


Um gesto pra amar
Um beijo pra sentir
Um teto pra abrigar
Uma manhã pra refletir

Uma língua pra falar
Um filme pra assistir
Um tempo pra pensar
Uma manhã pra refletir

Uma lei pra se opor
Um trato pra cumprir
Uma canção pra compor
Uma manhã pra refletir

Uma poça pra saltar
Uma peça pra aplaudir
Um jantar pra alimentar
Uma manhã pra refletir

Uma fuga pra achar
Um caminho pra fugir
Uma história pra contar
Uma manhã pra refletir

Um vício pra deixar
Um afeto pra sorrir
Um amor pra guardar
Uma manhã pra refletir

Uma vida pra viver
Uma perda pra punir
Uma dor pra esquecer
Uma manhã pra refletir

Um discurso pra inspirar
Um concurso pra competir
Uma pedra pra chutar
Uma manhã pra refletir

Uma muda pra plantar
Uma roupa pra vestir
Um planeta pra mudar
Uma manhã pra refletir

Um Deus para rezar
Uma prece pra pedir
Um milagre pra salvar
Dez manhãs pra refletir
Dez amanhãs pra refletir

Um fim pra uma frase
Num texto marginal
A certeza de um quase
Na catarse matinal

A certeza de uma quase catarse matinal
Quase uma catarse em dez manhãs.

(Compositor: Michel F.M.)



segunda-feira, 1 de março de 2010

(Des) rimando

(Des) rimando

Tratando de incoerência lavamos nós,
Nas cataratas das tremulações cerebrais.

Isto não vai rimar com aquela outra coisa,
Em nossa estrofe nada rima,
O nosso intuito é des-rimar.
Sei que isso rimô, mas paro por aqui. Mas parô...

Tecnologia rima com caos,
Silêncio rima com paz,
Guerra rima com o ato insano de autodestruir-se.
Educação rima basicamente com todas as teorias de progresso,
Já que o amor é progresso e o progresso é a educação.
Dizia Tiba: quem ama, educa !

Qualquer data rima com feriado,
Queijo rima com ovo,
Arroz e Feijão com bife,
E pra quem é vegetariano com algo natural,
Que não rime com origem animal.

Homem rima com mulher,
Ou com quem homem e mulher quiser rimar.
Alfa rima com beta e ômega,
Fim com início e meio,
Dinheiro rimaria com pobre,
Mas como ninguém assim escreveu,
Rico rima com esnobe.

Água rima com terra e solo com vegetação,
Preto rima com Branco e com azul, amarelo e vermelho.
Novo rima com velho e este com experiência,
Não rimando com a pressa que atropela a perfeição.

Coração às vezes rima com cabeça,
De vez em quando é roubado,
E sofre contrabando passional,
Passa a ser vitimado numa equação de último grau.

Razão não rima com emoção,
Moda rima com o que você quiser.
Beleza rima com padrão,
Por isso gosto do feio,
Ser bonito exige muitos cuidados
E eu sou desleixado mesmo, e daí ?
Não quero ser algo que sabiamente sabê-lo-ei.

Rima combina comigo,
No entanto Combinar não é Rimar, então eu Des-rimo.

(Compositor: Michel F.M.)


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Marinheiro do Farol


Marinheiro do Farol

Um velho marinheiro em sua última viagem,
Sem nenhum dinheiro, rico em camaradagem,
Juntou as suas tralhas pra desembarcar,
No convés a residência que devia abandonar.

O mercado a direita e a taberna à esquerda,
Foram sua família na época das cheias,
E encostada num barril estava á jóia mais cara,
A conquista de um pirata, a mulher que ele amara.

O amor no farol,
Fez aquele marinheiro se orientar melhor.
O amor no farol,
Fez daquele marinheiro um homem melhor.

Saindo da labuta,
No abrigo marítimo,
Ele ditaria serenamente seu ritmo.

O amor no farol,
Fez aquele marinheiro se orientar melhor.
O amor no farol,
Fez daquele marinheiro um homem melhor.

O amor é tão lindo,
Que fez aquele velho,
Se sentir um menino.

O amor no farol,
Fez aquele marinheiro se orientar melhor.
O amor no farol,
Fez daquele marinheiro um homem melhor.


(Composição: Michel F.M.)


domingo, 10 de janeiro de 2010

Idioma dos Ingênuos

Idioma dos Ingênuos
-
Genialidade é relativa,
Ingenuidade é uma benção,
Jovialidade depreciativa,
Intensidade só quando há intenção.
-
Nossa rota é a deriva,
Movida na Tensão,
Temida entre tantos,
Atentos à missão.
-
A genialidade do idioma dos ingênuos,
Gerou em mim as gírias temidas pelos gênios.
-
Gênios Ingênuos escreveram utopias,
Geralmente separavam obra e teoria,
Quem muito falava pouco ouvia,
Quando adivinhava é porque temia.
-
A genialidade do idioma dos ingênuos,
Gerou em mim as gírias temidas pelos gênios.
-
Grandes segredos sagrados
Segregados a agregar.
-
Livrou-me dos Jargões,
Levou-me a descansar,
Fora do quadrante,
Cultos a ocultar,
Os grandes segredos sagrados
Segregados a agregar.
-
A genialidade do idioma dos ingênuos,
Gerou em mim as gírias temidas pelos gênios.
-
Grandes segredos sagrados
Segregados a agregar.
-
Temam a inocência,
Ela é nossa aliada,
Contra sua arrogância,
Ignorância inveterada.
-
O Idioma dos Ingênuos
Temido pelos gênios
É o que irá agregar.
-
(Compositor: Michel F.M.)



sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Que o certo seja dito

QUE O CERTO SEJA DITO

Porque leva nas costas
O peso dos outros ?
Que tal a sensação das derrotas
Depois dos encontros ?

Refrão
Que o certo seja dito,
Nem sempre fazemos bonito,
Mas tocamos o barco mesmo assim.
Se guardar as angústias isso vira o seu fim.

Compartilhar é perder e perder,
Pra só então perceber que ganhou o respeito,
Porque aprendeu a ceder e ceder.
Mas o efeito nem sempre é aceito.

Refrão
Que o certo seja dito,
Nem sempre fazemos bonito,
Mas tocamos o barco mesmo assim.
Se guardar as angústias isso vira o seu fim.

Difícil é ter que aturar,
Pessoas que pensam deter a verdade.
Obtusas, não percebem,
Que pra se expressar não existe idade.

Refrão
Que o certo seja dito,
Nem sempre fazemos bonito,
Mas tocamos o barco mesmo assim.
Se guardar as angústias isso vira o seu fim.

Não importa o que eu quis dizer,
Importa o que você quis entender,
Entenda como quiser,
Ou não entenda se é o que quer.


(Compositor: Michel F.M.)


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