domingo, 13 de dezembro de 2015

A Humanidade Não Dá Trégua


A Humanidade Não Dá Trégua

Viver em sociedade é viver assim:
Se você tem dinheiro, você é um homem livre,
Se você tá quebrado, que Deus te livre.
Se você tem amigos, você está no céu,
Se te sobra inimigos se amargou com o fel.

Construa uma prisão para se proteger,
Dos que aí fora estão para vencer você,
Se vive sempre na luta, se tem boa conduta,
Não viu ainda o que esse mundo lhe oculta.

A humanidade não dá trégua (não dá trégua).

Se você espera que eles te ouçam,
As paredes têm ouvidos, as muralhas não.
Se você espera consideração,
Vão passar por cima, te atropelarão.

Se não tá feliz com o que tem,
Para dois terços do mundo nem isso vem.
Tem guerra por terra, guerra por tesouros,
Tem guerra fria, guerra por louros,
Tem guerra mista e guerra dividida,
Só não tem guerra pela vida.

A humanidade não dá trégua (não dá trégua).

Vida difícil, extremamente sofrida,
Só depende de você aceitar a ferida.
O ser humano complica a situação,
Transformando tudo em complicação.

Será que é isso que somos ?
Será que vamos viver ?
Porque se assim for, não quero saber,
O que o destino virá a reger.

A humanidade não dá trégua (não dá trégua).

(Michel F.M.)

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A Hora é Agora


A Hora é Agora

Não passei meus dias a toa,
A me perguntar,
O que você faria
Se estivesse no meu lugar ?
Decidi ser o seu Romeu,
E a minha Julieta não vai sofrer,
Estou te aguardando, faça o que tem que fazer.

A hora é agora
De você se decidir,
E fazer o que tem que fazer.

Escolha um lado para ficar,
Ou do meu lado, ou do lado de lá.
Prometeu que quando acabasse,
Não haveriam barreiras,
Para que a gente se amasse.

A hora é agora
De você se decidir,
E fazer o que tem que fazer.

Eu não tenho mais aquela idade,
Mas agora sei o que é amor de verdade.
Venha comigo, você não é mais criança,
Sei que até hoje só vivi de esperança,
Tudo que vivemos foi excepcional,
Sei que o que passamos foi por um ideal.

A hora é agora
De você se decidir,
E fazer o que tem que fazer.

(Michel F.M.)

terça-feira, 13 de outubro de 2015

12012


12012

Ao chegar nesse endereço,
Tudo é mais contrastante,
O inverso e o avesso,
Paralisa nosso instante.

Não representa perigo,
Tenho pressentido,
Ouça o que eu digo,
Transparente e colorido.

No doze zero doze,
Mora quem me adoça,
Doce que te quero doce,
Mais um toque dessa moça.

Dose após dose
De tentativas em vão,
Consegui surpreendê-la,
Com um buquê em minha mão.

Parecia coisa pequena,
Meu número predileto,
Colhido em um canteiro,
A combinação do afeto.

Não sei se é impossível visualizar,
Mas se possível for,
Sei pra onde endereçar.

No doze zero doze,
Mora quem me adoça,
Doce que te quero doce,
Mais um toque dessa moça.
Ouça moça, moça ouça:
- Te quiero bien.

(Michel F.M.)

domingo, 13 de setembro de 2015

100 anos de Paz


100 anos de Paz

Conflitos no Oriente,
Combates no Ocidente,
Confrontos sem motivo,
Um processo recessivo.

Sem limites para acreditar,
Sem limites para estar,
Esperei um bom motivo para sonhar.

100 anos de Paz,
Foi com o que sonhei.

Tantas perdas de inocentes,
Só mais um, não é nada.
A ganância domina as mentes,
A soma do lucro é aproximada.

Um pingo de esperança,
Em plena tormenta,
Perseguindo a mudança,
A crença nos alimenta.

100 anos de Paz,
Foi com o que sonhei.

Apenas um sonho
Puramente irreal.
Espero que seja
Um sonho igual.

Quantos anos mais,
Nós devemos esperar ?
Esperei um bom motivo para sonhar,

100 anos de Paz,
Foi com o que sonhei.

(Michel F.M.)

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Verso Corrido: do Que Têm Não Falta Nada


Verso Corrido: Do Que Têm Não Falta Nada

Na rampa ela me acurrala,
Chamando pra brincadeira,
Desvia, faz volta e meia,
Corro dela, ela é corredeira.

Na arena baila quadrilha,
Escorrega rega a soleira,
Foi quem inventou a cartilha,
Dengo ela, ela se zangueia.

Aprecio com dever cumprido,
A mensagem imortalizada,
Quando solto esse verso corrido,
Do que têm não falta nada.

A primeira puxa a fileira,
Calada me arma cilada,
Saltitante esquenta a chaleira,
Do que têm não falta nada.

Debate de pura bobeira,
De meiguice a rabugice,
Corro dela, ela é corredeira,
Dengo ela, ela se zangueia.

Aprecio com dever cumprido,
A mensagem imortalizada,
Quando solto esse verso corrido,
Do que têm não falta nada.

(Autor: Michel F.M.)

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Num Ato Desesperado Por Uma Paixão Correspondida


Num Ato Desesperado Por Uma Paixão Correspondida

Instruções ao nascer deveriam conter,
Explicadas em rótulo ou bula,
Cada miudeza seria legendada,
Evitando selecionar coisa chula.
Pula o que não presta,
Reprisa o que é festa.

Falando em festejar,
Me ocorreu um ocorrido,
Retratar um episódio,
Enamorado resumido.

Num ato desesperado
Por uma paixão correspondida,
Não conjurei o esperado,
Reagi de maneira destemida.

Até em tão fácil foi pretender,
Maquinar, esboçar, planear,
Logo teria eu que corresponder.

Sabia não que podia amar,
Amor achava que era inventado,
Por inventeiros vertiginosos,
De lugarejos acantonados.

Enganado me situava,
Predestinado estava a amar.

Num ato desesperado
Por uma paixão correspondida,
Reagindo de maneira destemida,
Correspondi.

(Autor: Michel F.M.)

sábado, 13 de junho de 2015

Cerimônia Ou Um Motivo Pra Vê-la


Cerimônia Ou Um Motivo Pra Vê-la

O linóleo ao chão
Continha pés trêmulos,
Me doía o baço
De tanta felicidade.

Oprimia-me os órgãos,
Saber da possibilidade
Do angustiante afastamento,
Da saudade que dá saudade.

Sensações enfileiradas
Em desordem alfabética.

Bocas falavam,
Lábios sorriam,
Dedos suavam,
Olvidos tiniam,
Palmas saldavam,
Olhos escorriam.

300 pessoas presentes,
287 lugares ocupados,
13 reservados a ninguém,
Alguém não tinha chegado.

Alguém estava chegando.
Só havia notado, por ser
A única pessoa que estava esperando.

Alguém é anunciado.
Talvez, quem sabe,
Seja Ela.

(Composição: Michel F.M.)

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Conversa Genealógica Sobre a Experiência Alheia

15 anos grávida,
casou-se rapidamente,
para reparar um erro com outro.

Errar é totalmente humano,
o humano é totalmente errado.
Teve 2 filhos, se divorciou aos 19,
hoje com 36 está desquitada a 17.

Conheceu um subgerente de 24
numa festa beneficente,
estão casados a 3 anos,
tem uma filha de 8 meses,
do segundo relacionamento
firmado juridicamente.

Seu primogênito está com 21
e deu-lhe um netinho a 1 ano e meio;
a filha do meio fez 18
e não pretende se casar.

A família se reúne rigorosamente
aos sábados à tarde,
para churrascos no quintal
ou agradáveis piqueniques no parque.

Ela, o atual marido, o ex-marido,
os 2 filhos do primeiro casório, o neto,
a filha do segundo, a esposa do ex,
os três filhos dela com o primeiro esposo,

mais o filho do marido,
com a segunda esposa dele
e o pequenino filho da empregada,
que insistiram em trazer.

Sem comentar os 2 cães labradores,
do pai da esposa de seu primeiro cônjuge
e as sogras, sogros, tios, tias, sobrinhos,
primos, avós e afilhados.

Quando guardavam os utensílios,
depois do piquenique da semana retrasada,
confessou para a recente esposa de seu ex,
que a relação dela com o atual amante
não vai lá muito bem,
o casamento há algum tempo está em crise.

(Autor: Michel F.M.)

segunda-feira, 13 de abril de 2015

A Menina Bá e o Balão Laranja


A Menina Bá e o Balão Laranja

De conto em conto o canto encanta
Contando enquanto acalanta.

Num pedaço fantasioso da realidade,
Em que o compasso traça
Porções desproporcionais,
Uma Bárbara Menina
Confirmou ser astral,
Totalmente celeste,
Ser mais que especial.

Atracou-se com um amigo,
Que a seguia onde fosse,
Deu-lhe um nome espacial,
Batizou-lhe de Pliê,
Seu balão, sua posse.

A Menina Bá e o Balão Laranja,
Por onde passa, alegria esbanja.

Não fazia falta o amigo não falar,
Porque Bá falava pelos dois.
Pliê flutuava a observar,
Balança lá e pra cá depois.
- Já pra casa Bá, logo vai chover !
Mas ela é teimosa, quer o tudo ver.

Uma Bárbara Menina, com seu Balão Laranja,
Por onde caminha, só energia e dança,
Que contagia e alegria esbanja.
A sabedoria é o sorriso de uma criança.

Por onde passa, alegria esbanja,
A Menina Bá e o Balão Laranja.

(Autor: Michel F.M.)

sexta-feira, 13 de março de 2015

Além das Estrelas

Além das Estrelas

Estou aqui te esperando
Olhando pra fora da janela,
Nessa singela estrada discreta,
Em uma casa na floresta.

Avistei ao longe minha bela moleca,
Cortando o caminho numa trilha secreta.
Você nunca foi lá muito correta,
Dispensando conselhos para coisas incertas.

Talvez foi por isso
Que a gente cruzou,
Nesse mundo de Deus
Nossos laços de amor.

Nós aqui vivemos bem, como for,
Estava lá, parado lá, o nosso amor.
Sós assim seremos um, ou até melhor,
Seja como for, como for.

Estava explícito nas estrelas,
Como o azul é certo no céu,
Com certeza esse é nosso papel.

Nós aqui vivemos bem, como for,
Estava lá, parado lá, o nosso amor.
Sós assim seremos um, ou até melhor,
Seja como for, como for.

Posso ver através da janela,
O nosso futuro e o que nos espera,
Não é só assim, é além daqui,
Além das estrelas, um amor sem fim.

(Autor: Michel F.M.)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Reciclando Retalhos Em Meu Eu Descartável

Reciclando Retalhos Em Meu Eu Descartável

Nosso inconcreto se concretizou,
Não se encaixando em qualquer definição,
Avançamos a etapa da distração,
Tapando os furos e as gafes,
Transpondo muros de pedra sabão.

Reciclando Retalhos,
Empilhando cascalhos,
Fragmento sou,
Em meu eu descartável.

Resíduos da sua fragrância,
Fragmentos da minha lembrança.
Todavia não fracassamos,
Deveras enfraquecidos estamos.

Provavelmente nos recuperamos,
Ou recuperaremos
As bobeiras que escaparão,
Diálogos longos,
Bobos parágrafos sem significação.

Reciclando Retalhos,
Empilhando cascalhos,
Fragmento sou,
Em meu eu descartável.

O sabonete que era seu desgastou,
A avelã que me deu estragou,
O estoque de aveia esgotou,
O banquete pra dois esfriou.

A aliança na gaveta
E o álbum guardado.
Ela está satisfeita,
Me vou conformado,

Reciclando retalhos
Em meu eu descartável.

(Compositor: Michel F.M.)

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Gerônimo (Nos Estados Banidos da América a Narrativa de Um Nativo Americano)

Gerônimo (Nos Estados Banidos da América a Narrativa de Um Nativo Americano)

Poderia ser um índio anônimo,
Impetuoso em seu frenesi,
Mas consagrou-se
Como São Gerônimo,
Salvador dos apaches,
Protetor dos colibris.

Cravejou bravamente tua adaga,
Nos que violaram teu brio.

Ele não foi um índio anônimo,
Ele tinha um nome, Gerônimo !

Presentearam-no com usura,
Na fúria que se sucedeu,
Vinte anos de clausura,
Por um crime que não cometeu.

Colonizador ávido em louros,
Gerônimo perdido em apuros.

Ele não foi um Índio anônimo,
Ele tinha um nome, Gerônimo !

Nas Planícies erigiriam condomínios,
Ceifaram os espíritos de sua linhagem,
No deserto levantaram um cassino,
As Doutrinas escoaram pela margem.

Porventura não tornou-se um engano,
A narrativa de um nativo americano.

Toda vastidão de uma peleja épica,
Ocorrida nos Estados Banidos da América.

Ele não foi um Índio anônimo,
Ele tinha um nome, Gerônimo !

(Compositor: Michel F.M.
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